segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A encruzilhada energética


             Energia é uma palavra derivada de enérgeia, que em grego significa “em ação”, é a propriedade de um sistema que permite produzir trabalho, como conceitua a Física. Podemos afirmar que o desenvolvimento humano é indissociável da energia, na verdade sem energia não existiriam seres humanos.
Desde o inicio da vida em sociedade, o homem procura fontes de energia que possam ser geradas de forma contínua, ou armazenadas para serem consumidas nos momentos de necessidades.
         À medida que a humanidade descobria novas fontes energéticas, aumentava a capacidade de crescimento econômico, porem também expandia a interferência de forma negativa no meio ambiente. Dessa forma, a acessibilidade a energia passou a ser um pré-requisito ao desenvolvimento, enquanto que a escassez de energia passou a simbolizar um atraso econômico e social, o que consequentemente eleva o índice de pobreza.
         Atualmente o mundo passa por um dilema, uma verdadeira encruzilhada energética, há uma necessidade gigantesca de produzir para saciar a vontade de consumir da sociedade, mas simultaneamente a natureza dá sinais de esgotamento, ou seja, as fontes de energia tradicionais não podem ser utilizadas de forma intensa como vem sendo.
            Sabe-se que a produção e o consumo de energia estão diretamente ligados à produtividade do trabalho e à riqueza das sociedades. O grande problema é que o planeta Terra não consegue mais fornecer energia para manter o padrão de produção que a chamada sociedade de consumo está acostumada, quase que viciada.
            Diante disso, os governos de diversos países e as grandes organizações de defesa ao meio ambiente procuram um Plano B, o mundo já foi dependente do carvão mineral e agora é do petróleo, porem quem depende de uma só fonte de energia corre um grande risco de sofrer desabastecimento ou atravessar uma grande crise, que afetaria a economia e a qualidade de vida de sua população.
            O grande desafio é conciliar a ambição do crescimento econômico e a questão vital de proteger o meio ambiente, ou seja, como colocar em prática a sustentabilidade. Verifica-se que o ser humano quando precisa escolher entre os dois caminhos a seguir, prioriza a economia e não a preservação da natureza, mas chegamos a um limite. Resta saber se a sociedade vai ficar presa a um discurso de proteção ambiental ou vai realmente adotá-lo. Enquanto a sociedade perde tempo discutindo o tema e não encontra uma verdadeira solução para essa problemática, o mundo acompanha o vertiginoso esgotamento do planeta. Fica a pergunta, parafraseando “Sampa” de Caetano Veloso, até quando as feias fumaças apagarão as estrelas?

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